Imagine uma bateria que pode ser moldada como pasta de dentes, adaptando-se a qualquer forma para alimentar dispositivos do futuro. Na Universidade de Linköping, na Suécia, investigadores desenvolveram uma bateria líquida flexível que pode ser impressa em 3D, combinando plásticos condutores e lignina, um subproduto sustentável da indústria do papel. Anunciada a 19 de abril de 2025, esta inovação promete transformar a eletrónica, desde smartphones a dispositivos médicos. Vamos explorar como esta bateria moldável pode mudar o jogo?
Uma Bateria com Textura de Pasta de Dentes
Esta bateria líquida flexível tem uma textura única, semelhante a pasta de dentes, permitindo que seja moldada em qualquer forma através de uma impressora 3D. Desenvolvida no Laboratório de Eletrónica Orgânica da Universidade de Linköping, usa polímeros conjugados e lignina, materiais abundantes e ecológicos. Ao contrário das baterias tradicionais, que são rígidas e volumosas, esta é macia, elástica e pode esticar até o dobro do seu tamanho sem perder desempenho, suportando mais de 500 ciclos de carga e descarga.
Aiman Rahmanudin, professor assistente e coautor do estudo publicado na Science Advances, explica: “O material pode ser usado numa impressora 3D para moldar a bateria como desejar. Isso abre portas para uma nova era tecnológica.” Micro-CTA: Imagine um smartwatch com uma bateria que se adapta ao seu design – que tal personalizar o seu próximo gadget?
Esta flexibilidade elimina limitações de design, permitindo integrar baterias diretamente em dispositivos como roupa inteligente ou implantes médicos.
Aplicações que Moldam o Futuro
Com mais de um bilião de dispositivos conectados à Internet previstos para a próxima década, a necessidade de baterias compactas e adaptáveis é urgente. Esta bateria moldável é ideal para wearables, como bombas de insulina, pacemakers e sensores de saúde, além de robótica suave e têxteis eletrónicos. A sua capacidade de manter a condutividade mesmo sob deformação torna-a perfeita para eletrónica que se dobra ou estica, como pulseiras inteligentes ou até implantes neurais.
Mohsen Mohammadi, líder do estudo, destaca a sustentabilidade: “Usamos lignina, um subproduto do papel, e polímeros abundantes, tornando-a uma alternativa ecológica às baterias de lítio, que dependem de materiais raros.” Micro-CTA: Pense no impacto ambiental – quer apoiar tecnologias mais verdes no seu próximo dispositivo?
Com esta abordagem, a bateria não só é funcional como contribui para um modelo circular, transformando resíduos em valor.
Limitações e o Caminho a Seguir
Apesar do potencial, a bateria atual tem uma voltagem de apenas 0,9 V, bem abaixo dos 12 V de uma bateria de carro, por exemplo. Os investigadores estão a explorar a adição de metais comuns, como zinco ou manganês, para aumentar a voltagem sem sacrificar a flexibilidade. Aiman Rahmanudin admite: “Não é perfeita ainda, mas provámos que o conceito funciona. O próximo passo é otimizar o desempenho.”
Testes mostram que a bateria mantém a capacidade mesmo sob stress mecânico, mas a comercialização exigirá melhorias na densidade energética. Micro-CTA: Fique atento às novidades da Linköping University para ver como esta bateria evolui!
O futuro? Dispositivos onde a bateria é parte integrante do design, sem comprometer espaço ou estética.
Porquê Esta Bateria É um Marco?
Diferente de tentativas anteriores com metais líquidos como gálio, que endureciam durante o uso, esta bateria usa eletrodos líquidos que separam a rigidez da capacidade elétrica. Isso resolve um problema antigo: baterias elásticas perdiam eficiência à medida que aumentavam a capacidade. Agora, a bateria moldável da Linköping mantém a performance, abrindo caminho para eletrónica personalizada e sustentável.
Com a promessa de integração em smartphones, wearables e até robótica avançada, esta inovação é um passo gigante para a eletrónica do futuro. Sinta a emoção de um mundo onde a energia flui como pasta de dentes, moldando-se às suas necessidades!