Imagina mergulhar num mundo caótico onde cada tiro solta uma chuva de cores e tesouros, mas o riso que outrora ecoava como um furacão agora sussurra tímido, como se o jogo se desculpasse por ter sido demasiado barulhento antes. Borderlands 4 chega como um Vault Hunter renovado, limpando as piadas forçadas e os vilões faladores de Borderlands 3, só para tropeçar num equilíbrio que deixa o coração a ansiar por aquela loucura irreverente. É um tiro certeiro no loot shooter, com horas de tiroteios que fazem o sangue ferver, mas uma história que desliza para o esquecível, como um implante defeituoso que ninguém nota. Sentes essa mistura agridoce no ar, como o cheiro de pólvora misturado com decepção? Vamos navegar por Kairos e desvendar se esta correção vale o salto – ou se o verdadeiro tesouro está só no caos das balas.
Os Caçadores de Vaults Mais Irresistíveis de Sempre: Escolhe o Teu e Sente o Poder
Desde o primeiro passo em Kairos, um planeta marcado pela lua fugitiva de Borderlands 3, os quatro Vault Hunters brilham como nunca. Vex, a Siren invocadora de fantasmas etéreos que distraem o fogo inimigo; Amon, o Forgeknight que forja machados elementais para mergulhar no corpo a corpo; Rafa, o Exo-Soldado com árvores de habilidades que variam de lâminas flamejantes a torres de mísseis auto-miras; e o quarto, um enigma versátil que se adapta a qualquer dança mortal. Cada um carrega árvores de skills profundas, permitindo builds que mudam o ritmo do combate – de ricochetes de balas em cabeças inimigas a buracos negros que sugam tudo para o caos elemental.
É uma delícia experimentar: comecei com Vex, invocando cópias espectrais para cobrir flancos, mas troquei para Amon e senti o thrill de rasgar escudos com chicotes de plasma. Pela primeira vez, nenhum parece uma escolha fraca – todos brilham em solos ou co-op, onde um fantasma distrai enquanto outro bombardeia. Aquela sensação de domínio, de moldar o teu estilo como argila quente, faz o coração acelerar. Imagina o riso gutural ao ver um boss desabar sob uma enxurrada de habilidades sincronizadas. Para mergulhar nisto, experimenta uma demo ou vídeo de gameplay e vê qual Vault Hunter te chama – o teu próximo build espera.
Tiroteios que Fazem o Mundo Tremer: Loot e Movimento num Banquete de Adrenalina
Ah, o cerne de Borderlands: armas que disparam foguetes minúsculos, granadas que viram catapultas humanas, e inimigos que explodem em confettis de loot multicolorido. O gunplay aqui é puro êxtase – rifles que chamam bombardeios ao recarregar, shotguns que alternam corrosão e radiação, facas que ricocheteiam como estrelas cadentes. Encontrei uma granada de buraco negro que torna tudo vulnerável a elementos, e de repente, o meu loadout metódico vira um furacão de shotgun blasts em melee, com skills de Vex empilhando efeitos para um banho de sangue glorioso.
O movimento eleva tudo: slides mais ágeis, escaladas fluidas, e agora um gancho de ar que puxa barris explosivos para ti ou te lança no ar para headshots aéreos. Lembra-te daquela vez que quebrei um escudo explosivo, usei o gancho para voar e eliminei um enxame voador com a detonação? Foi como trapacear o destino, um momento de genialidade efémera que Borderlands 4 multiplica em cada canto de Kairos. O mundo aberto seamless, com biomas circulares que incentivam exploração, enche-se de hoverbikes instantâneas e rifts de bosses que variam o grind. Sentes essa faísca? Pega numa arma lendária rara – drop rates mais baixos tornam-nas especiais, mas as comuns já divertem o suficiente para te viciar no loop de loot.
Uma História que Desliza: Personagens Sem Alma e um Vilão que Não Marca
Aqui reside o tropeção: Borderlands 4 foge dos retornos constantes de Borderlands 3, limitando cameos a pit stops rápidos – Tannis e Moxxi piscam e somem, deixando Claptrap como o único eco familiar, agora num tom mais grounded que o torna… tolerável, até carismático em momentos. Mas o novo elenco? Rush, o fortão de coração mole; Zadra, a cientista sombria – são esboços genéricos, sem camadas para odiar ou amar. Quando falhei em salvar um aliado numa missão opcional, o vazio bateu: zero emoção, só o plot rolando como se nada tivesse mudado.
O gancho inicial promete – um implante do Timekeeper que te rastreia e controla, uma revolta contra o ditador obcecado por ordem. Mas um robozinho bloqueia o sinal logo, e de repente, estás leal a uma causa fresca como pão quente, abandonando vinganças mais suculentas. Sem o ódio visceral por Handsome Jack ou o cringe dos Calypsos, a narrativa vira um pano de fundo morno, onde diálogos evaporam em minutos. É uma pena, porque Kairos clama por caos narrativo, mas fica num limbo seguro, sem picos de riso ou fúria. Outras vozes ecoam isso: críticos notam o equilíbrio melhorado no humor, mas lamentam a falta de vilões memoráveis. Ainda assim, o mundo aberto recompensa a exploração, com quests laterais absurdas como triatlos com bombas que, apesar de filler, enchem o XP necessário para não afogar em bullet sponges.
Endgame que Chama: Raids e Builds que Mantêm o Fogo Aceso
Mais fundo, o brilho regressa: endgame com raids bosses remixados, loot que escala para danos bilionários, inspirado em Baldur’s Gate 3 para builds profundas. Mistura fights antigos em desafios brutais, recompensando com gear que transforma o teu Vault Hunter num deus do caos. Co-op brilha aqui, com classes que se complementam – um tanque atrai, outro explode. Mas a repetição bate aos 10-15 horas: inimigos viram variações, side quests viram grind sem humor para temperar o tédio. Patches iniciais combatem bugs como vozes em loop ou performance irregular, prometendo otimizações que deixam o jogo fluir como mel.
É catártico, este caos refinado – Gearbox poliu o que funciona, tornando Borderlands 4 o mais sólido da série, com movimento que vicia e loot que hipnotiza. Mas sem personagens que marcam, é um banquete mecânico que deixa a alma a meio vazio, como um Vault vazio de surpresas. Para fãs de looter shooters, é um regresso triunfal; para quem sonha com narrativas que mordem, um lembrete agridoce de potenciais perdidos. Sentes o apelo do próximo tiro, ou o peso da história não contada?