Já imaginaste um smartphone que se transforma num tablet com um simples abrir? O Honor Magic V5 eleva o conceito de dobráveis a um novo patamar, com um design ultrafino, uma bateria potente e câmaras de topo. No entanto, o software MagicOS 9, apesar de funcional, deixa a desejar em refinamento, o que pode frustrar num dispositivo premium. O que faz este smartphone dobrável inovador destacar-se, e onde fica aquém? Vamos explorar os detalhes.
Design Revolucionário e Ultrafino
Com apenas 8,9 mm de espessura quando fechado, o Honor Magic V5 é uma façanha de engenharia. Pesa entre 217 e 222 g, sendo mais leve que muitos concorrentes dobráveis e comparável a smartphones tradicionais. Disponível em cores como preto, branco marfim e dourado amanhecer, o dispositivo combina materiais premium com resistência à água e poeira (IP58/IP59). O ecrã externo OLED de 6,43 polegadas funciona como um telemóvel comum, enquanto o ecrã interno de 7,95 polegadas, com brilho até 5000 nits, oferece uma experiência de tablet. A dobra central é pouco notória, mas o ecrã interno, mais suave para permitir a flexão, atrai impressões digitais e exige cuidado. 
Desempenho e Bateria de Elite
Equipado com o processador Qualcomm Snapdragon 8 Elite, 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento, o Magic V5 garante um desempenho de topo. É rápido em tarefas diárias, jogos e multitarefa, suportando até quatro aplicações em simultâneo no ecrã interno. A bateria de 5820 mAh é um destaque, durando até 37 horas com uso intensivo do ecrã interno e até três dias com uso equilibrado entre os ecrãs. O carregamento rápido de 100W atinge 70% em menos de 30 minutos, embora o adaptador não esteja incluído. Comparado ao Samsung Galaxy Z Fold 7, o Magic V5 oferece uma autonomia superior, ideal para quem busca um dispositivo versátil.
Câmaras: Boas, Mas Não Líderes
O conjunto de câmaras do Magic V5 inclui uma principal de 50 MP, uma ultrawide de 50 MP e uma teleobjetiva de 64 MP com zoom ótico de 3x. A câmara principal captura imagens vibrantes em várias condições de luz, mas perde nitidez em ambientes internos. A ultrawide apresenta alguma distorção nas bordas, enquanto a teleobjetiva brilha em retratos e zooms até 6x. As câmaras de selfie de 20 MP são aceitáveis, mas usar a câmara principal com o ecrã externo como visor produz melhores resultados. Recursos de IA, como edição de imagens e captura de movimento, adicionam versatilidade, mas o Magic V5 não supera os melhores smartphones fotográficos. 
MagicOS 9: Potencial com Limitações
O Honor Magic V5 roda o MagicOS 9, baseado no Android 15, com a promessa de sete anos de atualizações no Reino Unido e UE. A interface, com um visual elegante e animações fluidas, inclui funcionalidades como a Magic Capsule, que exibe notificações dinâmicas, e o Magic Portal, que permite ações rápidas, como pesquisar imagens ou abrir mapas. No entanto, o software tem falhas. Notificações abrem em janelas flutuantes indesejadas, dificultando o uso em ecrã completo. Problemas como a dificuldade em distinguir e-mails não lidos no Gmail devido à tipografia são irritantes. Comparado ao Samsung Flex Mode, o Magic V5 não aproveita bem os modos de ecrã parcialmente dobrado, limitando a sua interface de utilizador otimizada.
Um Dobrável com Personalidade
A um preço de 1699,99£ (1999,99€), o Magic V5 é mais acessível que o Samsung Galaxy Z Fold 7 (1799£) e o Google Pixel 10 Pro Fold (1749£), mas permanece no segmento premium. A sua construção contém plástico reciclado, e a bateria mantém 80% da capacidade após 1200 ciclos. No entanto, reparações são caras, com ecrãs internos a custar cerca de 700£. Apesar do hardware excecional, o software precisa de mais polimento para competir com rivais. Para quem procura um smartphone dobrável inovador, o Magic V5 é uma escolha atraente, mas a experiência depende de tolerar as quirks do MagicOS.
