Imagina um mundo onde os teus dispositivos IoT, desde sensores industriais a câmaras inteligentes, operam em perfeita harmonia, mas estão vulneráveis a ciberataques. Com a convergência entre tecnologias de informação (IT) e tecnologias operacionais (OT), o número de dispositivos IoT atingiu os 55,7 mil milhões em 2025, segundo a IDC, criando novos pontos de entrada para atacantes. Como proteger estas redes vitais? A solução está na gestão de acesso privilegiado (PAM), uma estratégia essencial que unifica a segurança IT e OT, garantindo controlo rigoroso sobre credenciais e permissões. Neste artigo, exploramos como o PAM está a transformar a gestão de IoT criativo, protegendo infraestruturas críticas contra ameaças emergentes.
1. Por Que o PAM é Crucial para Redes IoT?
A explosão de dispositivos IoT trouxe benefícios incríveis, mas também desafios de segurança. Um estudo da Byos revelou que 73% dos dispositivos OT não são geridos, criando vulnerabilidades críticas. Grupos como o Water Barghest exploram estas falhas, comprometendo 20 mil dispositivos em minutos, transformando-os em botnets com malware Ngioweb. O PAM, ou gestão de acesso privilegiado, aborda estas lacunas ao garantir que apenas utilizadores e sistemas autorizados acedam a funções críticas, aplicando o princípio do menor privilégio.
O PAM controla contas privilegiadas, como as de administradores ou máquinas, que, se comprometidas, podem causar danos significativos. “Quase 100% dos ataques avançados exploram credenciais privilegiadas”, alerta o relatório CyberArk Identity Security Threat Landscape 2024. Ao integrar o PAM em redes IoT, as organizações reduzem a superfície de ataque e protegem dados sensíveis.
- Dica útil: Considera auditar as tuas contas privilegiadas para identificar potenciais pontos fracos na tua rede IoT.
2. Automação: O Coração da Segurança IoT
Muitos dispositivos IoT não suportam rotação manual de credenciais, tornando a automação indispensável. O PAM permite gerar, gerir e eliminar senhas automaticamente, garantindo que credenciais obsoletas não sejam exploradas. Plataformas avançadas, como as da Device Authority, integram autenticação automatizada de identidade para dispositivos, emitindo certificados seguros com base em políticas predefinidas.
Além disso, o PAM facilita a deteção de ameaças em tempo real. Com monitorização contínua e análises comportamentais, é possível identificar atividades suspeitas, como acessos não autorizados por insiders ou terceiros. “A automação reduz erros humanos e melhora a eficiência”, destaca um relatório da Device Authority. Esta abordagem é essencial em ambientes OT, onde a disponibilidade é crítica.
- Ponto-chave: A gestão de IoT criativo beneficia da automação para manter redes seguras sem sobrecarregar equipas de TI.
3. Unificar IT e OT com Zero Trust
A convergência entre IT e OT aumentou a interconexão, mas também os riscos. Sistemas OT legados, como controladores lógicos programáveis (PLCs), não foram desenhados com cibersegurança em mente, tornando-os alvos fáceis. O PAM unifica a segurança ao aplicar o modelo Zero Trust, que exige verificação contínua de utilizadores e dispositivos.
A autenticação multifator (MFA) e o acesso just-in-time (JIT) são práticas-chave. Por exemplo, o PAM pode limitar o acesso de terceiros, como fornecedores, a períodos específicos, reduzindo riscos. A integração com ferramentas como SIEM (Security Information and Event Management) permite deteção de anomalias em tempo real, essencial para cumprir normas como GDPR e NIST.
- Dica prática: Explora como o Zero Trust pode fortalecer a segurança dos teus dispositivos IoT e OT.
4. Melhores Práticas para Implementar PAM
Implementar o PAM em redes IoT requer uma abordagem estruturada. Começa com uma auditoria completa de contas privilegiadas – muitas organizações têm três a quatro vezes mais contas privilegiadas do que funcionários. Adota políticas de menor privilégio, usando controlo de acesso baseado em funções (RBAC) para limitar permissões. A monitorização em tempo real e auditorias regulares garantem conformidade e rápida resposta a incidentes.
A autenticação sem senha, como biometria ou tokens OTP, está a ganhar popularidade, eliminando vulnerabilidades de senhas tradicionais. Além disso, segmentar redes IoT de sistemas corporativos reduz riscos de movimento lateral por atacantes.
- Nota interessante: A integração de IA e machine learning no PAM está a moldar o futuro da segurança IoT.
Um Escudo para o Futuro do IoT
A gestão de IoT criativo exige uma abordagem robusta para proteger redes em expansão. Com o PAM, as organizações unificam a segurança IT e OT, aplicando automação, Zero Trust e práticas de menor privilégio para mitigar riscos. Desde a proteção contra botnets a ataques de insiders, o PAM é a base para ecossistemas IoT seguros, garantindo que indústrias críticas, como manufatura e utilities, operem com confiança e resiliência.